quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Humor na Propaganda

Propaganda não é piada – esbravejou o Diretor de Criação de Elite no melhor filme da série de virais. Por isso, o humor na propaganda deve ser feito de um toque leve, mas suficiente para causar algum frisson. Metaforicamente, algo como a união dos toques celeste e terrestre em uma frase, uma ação.
Aprecio os filmes que usam o humor sem dizer uma palavra. Eles sempre trazem leões da Riviera. Seu segredo: o timing. Executar em 25 – 27 segundos um roteiro que vai se traduzir em uma só frase (muitas vezes escrita) a respeito do produto, é a alegria das duplas de criação.
Pago pau para os anúncios com humor que, confesso, me tiram bem mais do que um sorriso. Seu conjunto “arte-redação” intensifica-se com o sabor da aprovação do cliente. Todo mundo sabe que o culhão para a aprovação é tão tesão quanto a própria criação.   
O humor na propaganda é uma forma espirituosa de se comunicar. Não se aplica em tragédias, como oportunidade, sob pena de o consumidor ficar do lado do mais fraco, mas é excelente para quebrar tensões e não cabeças, como também para apresentar soluções que estão diante dos olhos, mas só quem tem sensibilidade as vê.
Sem o humor a propaganda seria só lágrimas. Verdadeiro dramalhão mexicano.
Sem o humor a propaganda estaria fadada aos informes publicitários. Zero-onze-catorze-zero-meia. 
E nem teríamos o danado do Peralta e suas sacadas certeiras.
Estamos mais para Tom Cavalcanti do que para um sujeito piegas. 

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